04/04/2016 - 21:52
O ex-atacante da seleção chilena Iván Zamorano negou nesta segunda-feira ter sonegado impostos, depois de ter sido mencionado como uma das personalidades esportivas ligadas ao escândalo dos “Panama Papers”.
“Na qualidade de jogador de futebol profissional, meu dinheiro sempre teve origem conhecida por todos e foi tributado nos países que correspondia, respeitando as leis vigentes em cada um deles”, disse Zamorano, em uma breve declaração pública difundida pela mídia local.
Considerado um dos melhores jogadores da história do Chile, Zamorano aparece relacionado a uma longa lista de políticos, atletas, empresários e celebridades que recorreram a sociedades fantasmas em paraísos fiscais, por intermédio do escritório de advocacia Mossack Fonseca, no Panamá.
A lista foi revelada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (Icij).
Em seu país, também foram mencionados o advogado Gonzalo Delaveau Swett, presidente da organização Chile Transparente, assim como o dono da empresa jornalística “El Mercurio”, Agustín Edwards, e o ex-ministro da Fazenda na época da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), Hernán Buchi, entre outros.
Depois de ver seu nome envolvido no escândalo, Gonzalo Delaveau renunciou ao cargo na Chile Transparente, ONG que faz parte da Transparência Internacional. Ele exercia o cargo de forma interina, e sua saída estava prevista para acontecer na semana que vem.
Até o momento, a investigação também revelou nomes como o presidente argentino, Mauricio Macri; um amigo do presidente russo, Vladimir Putin; o ex-chefe da Uefa Michel Platini; o astro argentino Lionel Messi; e o diretor de cinema espanhol Pedro Almodóvar, entre os 140 responsáveis políticos e personalidades que evadiram dinheiro para paraísos fiscais.