O procurador-geral dos Estados Unidos, Bill Barr, defendeu nesta quinta-feira (4) as forças de segurança que dispararam gás de pimenta para evacuar à força manifestantes pacíficos de um parque em frente à Casa Branca, antes de o presidente Donald Trump atravessá-lo para posar para uma foto diante da imprensa.

O chefe do Departamento de Justiça determinou na segunda-feira a ampliação de um perímetro de segurança ao redor do Lafayette Park um pouco antes de Trump caminhar até a igreja de Saint John com seus assessores, incluindo Barr e o secretário de Defesa, Mark Esper.

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Casa Branca defende aparição de Trump com Bíblia nas mãos em frente a igreja

A violenta ação das forças de segurança causou a indignação de líderes religiosos e civis depois do disparo de bombas de efeito moral, de gás de pimenta e outras munições não letais para evacuar centenas de manifestantes que protestavam pacificamente.

“O presidente é o chefe do poder Executivo e o chefe da nação, deveria poder caminhar do lado de fora da Casa Branca e atravessar a rua até essa igreja”, disse Barr.

O procurador-geral disse a jornalistas que a decisão de liberar o parque e ampliar a barreira do perímetro ao redor da Casa Branca tinha sido tomada antes da decisão de Trump de ir à igreja, onde posou para fotos com uma Bíblia em uma das mãos.

 

Não havia “correlação” entre os dois eventos, disse, embora Trump não tivesse podido caminhar até a igreja com segurança sem a evacuação do parque.

“Acho que foi apropriado que fôssemos com ele”, acrescentou Barr. “Não o vejo necessariamente como um ato político”.

Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas de todo o país nos últimos dias para protestar contra a morte do afro-americano George Floyd por um policial branco em Minnesota.