A Colonial Pipeline pagou um resgate de 4,4 milhões de dólares a um grupo de hackers após um ataque cibernético contra a sua rede de oleodutos nos Estados Unidos, considerando que “foi a coisa certa a se fazer pelo país”, informou nesta quarta-feira (19) o Wall Street Journal.

O CEO da Colonial Pipeline, Joseph Blount, disse ao jornal que o pagamento foi uma “decisão altamente controversa”, mas necessária devido ao desligamento que afetou a rede de dutos nos Estados Unidos.

Seus comentários foram a primeira admissão pública de que a empresa pagou para recuperar o controle da rede depois que os hackers acessaram seus servidores.

Na quinta-feira passada, a Colonial anunciou que havia restaurado as operações e as entregas de combustível em todos os mercados após o bloqueio de 7 de maio.

A paralisação gerou um frenesi de compras de gasolina no leste dos Estados Unidos com a consequente alta dos preços. Para aliviar a escassez, o governo federal suspendeu os regulamentos de poluição do ar, bem como os regulamentos de embarque e transporte.

Indivíduos desconhecidos bloquearam na sexta-feira os servidores do DarkSide, uma entidade supostamente com sede na Rússia que pratica extorsão informática e que é acusada de estar por trás da operação contra a Colonial.

Depois de pagar o resgate na noite de 7 de maio, a Colonial recebeu dos rackers uma ferramenta de descriptografia. O pagamento foi feito em bitcoins, de acordo com o Wall Street Journal.

O incidente custará à Colonial dezenas de milhões de dólares adicionais para restaurar totalmente as operações nos próximos meses, disse Blount.