O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai apurar denúncias de assédio e racismo na rede McDonald’s. A empresa está na mira de uma campanha global chamada “Sem Direitos não é Legal”, focada nas relações de trabalho nas lanchonetes. Reportagem da Folha de São Paulo conta o caso de Gabriel Milbrat, de 19 anos. Ele afirma ter sido assediado por um superior enquanto trabalhava numa franquia em Curitiba.

O rapaz diz que o superior o abordava no banheiro e na área de almoço e que tem emails pedindo socorro, além do relato de uma cliente que viu em uma das vezes. Gabriel afirma ainda que o homem ejaculou sobre ele.

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Até a última segunda-feira (5), Gabriel ainda era funcionário da empresa, mas foi à Justiça do Trabalho e pediu a rescisão indireta do contrato de trabalho. “Ficou insuportável trabalhar. Eu não acho certo eu pedir demissão, então pedi minha rescisão na Justiça. Vou me identificar porque não fiz nada de errado. Fui tratado como mentiroso e só pesou para o meu lado”, disse o rapaz a Folha.

A Arcos Dorados, maior franquia independente do McDonald’s no mundo, passa a ser oficialmente investigada. A empresa disse que colaborará com as investigações. De acordo com a franquia, a capital paulista recebeu 136 denúncias de assédio moral e/ou sexual nos 171 restaurantes da cidade, de um total de 13,5 mil funcionários. Das denúncias, a empresa disse que 24 foram consideradas procedentes, 50, em parte, e 51, improcedentes.