A rápida disseminação da variante Ômicron do coronavírus faz com que o mundo tenha novos recordes de infecções diárias. Segundo a plataforma Our World in Data, foram registradas 3,28 milhões de casos de Covid-19 nesta terça-feira (11) – pela primeira vez o número diário passou a casa dos 3 milhões. Neste contexto, é necessário procurar os meios mais adequados de proteção.

Apesar de a pandemia entrar em seu terceiro ano, ainda há muitas dúvidas sobre o uso de máscaras. Especialistas são unânimes ao ressaltar a eficácia da proteção das máscaras N95, padronizadas no Brasil com a sigla PFF2, que significa “peça facial filtrante”.

+ Máscaras não afetam respiração ou trazem risco à prática de exercícios

Por possuir alto poder de filtrar partículas virais, as PFF2 são as mais recomendadas para uso em ambientes fechados, como no transporte público. A PFF2, segundo uma pesquisa do Instituto Max Planck, da Alemanha, oferece quase 100% de proteção contra o coronavírus.

A PFF2 conta com 3 camadas: externa, de fibra sintética de polipropileno; do meio, de fibra sintética estrutural com camada filtrante de fibra sintética com tratamento eletrostático; e camada interna de fibra sintética de contato facial.

Embora as máscaras cirúrgicas também tenham elemento filtrante, elas não apresentam uma vedação adequada no rosto, permitindo aberturas e pequenas brechas à entrada do vírus. A PFF2 apresenta vedação mais completa mesmo em relação a máscaras cirúrgicas de três camadas.

Por ser muito mais transmissível que as cepas anteriores (Alfa, Beta, Gama e Delta), a Ômicron não pode ser combatida por máscaras de pano. Esse tipo de tecido não apresenta proteção suficiente, assim como máscaras de tricô ou de renda. Países europeus (Alemanha, França e Áustria) já proibiram o uso de máscaras caseiras para incentivar a população a utilizar as máscaras mais adequadas.

“Máscaras de pano são pouco mais do que decorações faciais. Não há lugar para elas com a Ômicron”, disse Leana Wen, professora da George Washington University, à CNN estadounidense.

Se, no início da pandemia, havia escassez de máscaras, atualmente elas estão amplamente disponíveis. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) também apontou que o uso de máscara é seguro durante a prática de exercícios físicos e não afeta de qualquer maneira a respiração e a atividade cardiovascular.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as máscaras PFF2 seguem as normas definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com eficiência mínima de filtração de 94%. As N95, por sua vez, seguem padrões dos Estados Unidos e têm eficiência mínina de filtragem de 95%.

Preços

O preço das máscaras, descartáveis e que têm sido reutilizadas por algumas vezes na pandemia, pode limitar sua aquisição. Um kit com 10 máscaras PFF2 N95 podem ser compradas a partir de R$ 50.

Por outro lado, uma PFF2 3M, da Aura, é vendidas entre R$ 60 e R$ 80. Quem acha que o preço da máscara influencia em sua efetividade no bloqueio do vírus está enganado. Trata-se de um modelo muito eficiente e confortável e, embora seja bem mais cara, apresenta a mesma segurança que as PFF2 e N95 convencionais.

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