Por David Milliken e William Schomberg

LONDRES (Reuters) – A inflação ao consumidor britânico saltou em março para o nível mais elevado em três décadas, intensificando a pressão sobre o primeiro-ministro, Boris Johnson, e seu ministro das Finanças, Rishi Sunak, para aliviarem o custo de vida.

A inflação anual chegou a 7,0% em março, de 6,2% em fevereiro, máxima desde março de 1992 e bem acima do esperado pela maioria dos economistas em pesquisa da Reuters, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira.

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Na base mensal, a alta de 1,1% foi a maior para o período desde o início da série histórica da Agência Nacional de Estatísticas, em 1988.

Os aumentos de preços foram generalizados, de combustíveis a alimentos e móveis.

Os consumidores estão enfrentando o maior aperto do custo de vida desde que os registros começaram, na década de 1950, de acordo com especialistas do orçamento britânico, e a inflação elevada é mais uma notícia ruim para o governo.

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro elevou ainda mais os preços da energia, e no mês passado o Gabinete para Responsabilidade Orçamentária projetou que o pico da inflação será alcançado no último trimestre de 2022, a uma máxima de 40 anos de 8,7%.

Os mercados financeiros projetam que o banco central britânico elevará a taxa de juros de 0,75% para 1% em 5 de maio, e que ela chegará a 2%-2,25% até o fim de 2022.

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