Após queda de 0,4% em maio, o volume de serviços prestados no país apresentou expansão de 1,7% em junho, segundo  divulgou nesta terça-feira, 13 o IBGE.

Foi a maior taxa de crescimento mensal desde dezembro de 2022, quando avançou 2,7%. Com isso, o volume de serviços chegou ao patamar recorde da série, 0,5% acima do antigo ápice, alcançado em dezembro de 2022.

O resultado veio acima do esperado. O desempenho mais do que compensou a retração registrada em maio e veio acima da expectativa de alta de 0,8% em ambos os períodos de comparação apontada por economistas em pesquisa da Reuters.

O setor de serviços, que possui o maior peso na economia brasileira, se encontra 14,3% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e chega ao ponto mais alto da série, 0,5% acima do antigo patamar recorde, de dezembro de 2022.

Na comparação com junho de 2023, o crescimento foi de 1,3%. Já no acumulado do primeiro semestre de 2024, o volume de serviços teve alta de 1,6% frente ao mesmo período de 2023. Nos últimos 12 meses, o setor mostrou perda de dinamismo, passando de 1,2% em maio para 1,0% em junho.

O que puxou a alta

O crescimento na passagem de maio para junho foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para os avanços dos setores de transportes (1,8%) e de informação e comunicação (2%). As demais expansões vieram de profissionais, administrativos e complementares (1,3%), de outros serviços (1,6%) e de serviços prestados às famílias (0,3%).

O principal destaque foi para o crescimento no setor de transportes, que mostrou expansão de 1,8%, recuperando a perda de 1,5% de maio. “Esse resultado vem muito em função do transporte aéreo, impulsionado pela queda dos preços das passagens áreas. Mas também contribuiu o transporte dutoviário e a navegação de apoio marítimo, atividades relacionadas com as indústrias extrativas, como a de gás e a de óleos brutos de petróleo”, aponta Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.