17/04/2018 - 14:10
O investidor Marcelo Maisonnave, fundador e ex-sócio da XP Investimentos, decidiu aportar, ao lado dos sócios Eduardo Glitz e Pedro Englert, R$ 5 milhões na Vórtx, uma fintech que presta uma série de serviços fiduciários para o mercado de capitais, como documentação, publicação de balanços, prospectos, entre outros. O interessante dessa história é que, até o fim do ano passado, Maisonnave era apenas um conselheiro dos fundadores Alexandre Assolini (à esq.) e Juliano Cornacchia. Eles se conheceram em abril de 2017, no Vale do Silício. Durante uma carona em Palo Alto, Assolini e Cornacchia contaram sobre o negócio e pediram orientação. A porta ficou aberta e, durante todo o segundo semestre, eles foram relatando sobre o interesse de family offices e de fundos de capital de risco em financiar a expansão.
Conflito de interesses
A Vórtx estava sendo avaliada em R$ 100 milhões. Maisonnave aconselhou-os a evitar uma grande diluição de suas participações na empresa e fugir daqueles que buscam crescimento para venda rápida. “Chegou um momento em que ele disse que estava havendo conflito de interesse, pois tinha se interessado pelo negócio”, diz Assolini. O interesse era mútuo e eles estreitaram os laços. Em janeiro, assinaram o contrato e o aporte foi realizado no fim de março. “A Vórtx não compete em gestão, em estruturação. Isso o mercado faz bem”, diz Cornacchia. “Nós estamos na cozinha da indústria financeira, com serviços novos que não carecem de nova regulação, mas que são relevantes.”