23/12/2016 - 0:00
A Lua pode ser colonizada por algum país ou entidade privada? A pergunta é cada vez mais pertinente. Está em curso uma nova corrida para conquistar o astro, envolvendo os antigos rivais, Rússia e Estados Unidos, e um novo competidor: a China. O objetivo, dessa vez, não é só demonstrar força. É, também, econômico. Únicos a terem, de fato, pisado no satélite, os americanos criaram uma lei, em 2015, que permite que cidadãos e empresas do país explorem materiais presentes no espaço. Neste ano, a companhia Moon Express recebeu autorização do governo para lançar uma expedição à Lua. A ideia do negócio é atuar em atividades como a mineração de metais raros (tântalo e tungstênio) e o turismo espacial. A meta é levar um robô ao local já em 2017. “A aprovação da nossa missão é um marco na exploração espacial”, afirma Bob Richards, CEO e fundador da Moon Express. “Agora, estamos livres para explorar o ‘oitavo continente’.” Os chineses, por sua vez, anunciaram que vão pousar no lado escuro da Lua em 2018. Os planos da segunda maior economia do mundo são mais ambiciosos. Eles pretendem estabelecer uma base lunar para servir de apoio a futuras missões de exploração de Marte. Os russos são mais modestos. Pretendem levar uma missão tripulada até o satélite em 2031. Assim como os americanos, o objetivo é explorar a mineração.
(Nota publicada na Edição 999 da Revista Dinheiro)