13/12/2016 - 0:00
O empresário José Luiz Gandini, presidente do grupo Kia Motors no Brasil, é um dos mais ferrenhos críticos ao Inovar-Auto, criado no governo Dilma Rousseff para proteger a indústria automobilística nacional. O programa limita a importação de veículos de marcas que não possuem fábricas no Brasil a pouco mais de 4 mil unidades e obriga as empresas a pagarem mais 30% de imposto se excederem a cota. “Este programa não foi nocivo, ele praticamente acabou com o nosso negócio”, diz Gandini.
A queda em números
“Antes, eu vendia 80 mil carros por ano e, neste ano, vou vender 9 mil unidades”, diz Gandini. A Kia contava com 180 concessionárias e hoje são 105. O programa termina no fim de 2017 e deverá ser prorrogado, só que com algumas mudanças. “Se continuar do jeito que está, teremos de fechar mais 50 concessionárias.” O empresário propôs ao governo federal a permissão para que alguns importadores usem parte da cota de marcas que não estão importando o limite máximo.
(Nota publicada na Edição 997 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Rodrigo Caetano)