Não importa qual seja o trabalho: a chance de uma profissão não existir mais daqui a 20 anos é grande. Na verdade, segundo estimativa citada pelo Fórum Econômico Mundial, num estudo sobre o futuro do emprego, 65% das crianças em idade escolar entrarão no mercado desempenhando uma função que ainda não existe. Isso se deve, quase que exclusivamente, ao avanço da tecnologia. Essa mudança causará a perda de 7,1 milhões de empregos nas próximas duas décadas, seja por redundância ou automação. A boa notícia, ainda que parcial, é que a tecnologia deve gerar 2,1 milhões de vagas, em profissões ainda inéditas. O desafio é educar e capacitar essa nova força de trabalho. 
Pensando nisso, a coreana Samsung, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, investe, globalmente, mais de US$ 400 milhões em projetos de educação. “É preciso capacitar as crianças para o futuro”, afirma Helvio Kanamaru, gerente de cidadania corporativa da Samsung para a América Latina. “Dessa forma, garantimos também nossa própria mão de obra.” No Brasil, uma das iniciativas é o prêmio Respostas para o Amanhã, que fomenta projetos científicos idealizados por alunos do ensino médio estadual. Outro projeto da Samsung é criar escolas inteligentes. No mundo, já existem cerca de 2,5 mil, uma delas numa comunidade indígena na Amazônia (foto) A escola é equipada com tablets, notebooks, internet e lousa digital.

(Nota publicada na Edição 998 da Revista Dinheiro)