21/10/2016 - 0:00
O que faz uma cidade trazer bem-estar aos cidadãos? Alguns estudos divulgados na semana passada apontam caminhos para entender isso. Vitória (ES) tirou a melhor nota dentre as capitais do Brasil avaliadas no Índice de Bem-Estar Urbano (Ibeu), realizado pelo instituto Observatório das Metrópoles, ligado à UFRJ. A cidade capixaba tirou índice 0,9 de um total de 1,0, seguida por Goiânia, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre. A última colocada foi Macapá, com nota 0,64. Baseado em dados do censo demográfico, ele contabiliza cinco variáveis, como mobilidade, condições ambientais urbanas, habitacionais, atendimento de serviços coletivos e infraestrutura. Mas não foram consideradas segurança e a área cultural. No ranking geral da mesma pesquisa, a cidade Presidente Sarney (MA), de 17 mil habitantes e renda per capita de R$ 170, foi eleita a pior do País, nota 0,44. As cinco primeiras colocadas estão no Estado de São Paulo. A campeã foi Buritizal, com nota 0,95. Na Conferência de Habitação da ONU, em Quito, no Equador, a conclusão é que o planejamento de cidades não acompanhou a rápida urbanização do mundo. Atualmente, 1 bilhão de pessoas vivem em favelas urbanas, sem acesso a água, serviço sanitário e energia. Além disso, 70% das cidades do mundo possuem hoje mais desigualdade de renda do que em 1996, e 70% das emissões de gases que contribuem para o efeito estufa se originam nas áreas urbanas.
(Nota publicada na Edição 990 da Revista Dinheiro)