Facebook e Google, as gigantes do Vale do Silício, anunciaram uma série de medidas para impedir a disseminação de notícias falsas em seus sistemas. A decisão é reflexo da pressão que essas duas empresas sofreram durante o processo eleitoral nos Estados Unidos. Elas foram duramente criticadas por não conseguirem impedir a divulgação de falsas informações, que teriam beneficiado a eleição do republicano Donald Trump. O Facebook vai aprimorar a sua ferramenta Audience Network, para impedir a propaganda de sites com informações enganosas. O Google, comandado pelo CEO Larry Page, suspenderá o serviço online de publicidade (AdSense) nesses mesmos sites, buscando impedir que eles faturem com mentiras. Apesar dessas iniciativas, Mark Zuckerberg chegou a comentar, em um post no sábado 12, que 99% do que é visto pelo usuário na rede social é verdadeiro. Ele disse ainda que acreditar que notícias falsas tenham influenciado a eleição é, no máximo, uma “ideia louca”. Pelo sim, pelo não, as empresas resolveram dar uma resposta às criticas. Resta saber, agora, como separar o joio do trigo.

(Nota publicada na Edição 994 da Revista Dinheiro)