04/10/2018 - 8:00
O mercado online é a principal opção para quem quer empreender sem grandes riscos. Além dos custos reduzidos, o comércio eletrônico possui menos burocracia e está em plena expansão. Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) apontam um crescimento de 12% no setor em 2017, com lucro de R$ 60 bilhões. Para este ano, a projeção é ainda maior: alta de 15% e faturamento de R$ 69 bilhões.
Assim como em um ponto fixo, o planejamento prévio é fundamental no e-commerce. Segundo especialistas, ter uma plataforma que dê suporte ao negócio é tão importante quanto metas de vendas e gerenciamento de entregas.
Gerson Rolim, diretor de comunicação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, explica que empreendimentos com orçamento de até R$ 20 mil devem optar por sistemas simples, apesar de serem mais limitados.
“Mesmo que seja uma plataforma menos robusta, você não corre o risco de sofrer fraudes ou ataques criminosos. É melhor abrir um negócio que não traga problemas e mudar de sistema quando o orçamento aumentar”, explica.
Capacitação aos usuários
As precauções não se limitam aos novos empreendedores. Àqueles que já têm experiência no comércio tradicional e querem migrar para as vendas online também precisam tomar cuidado, diz o vice-presidente da ABComm, Rodrigo Bandeira.
Percebendo a dificuldade que muitos empreendedores enfrentavam ao entrar no e-commerce, as próprias empresas responsáveis pelo desenvolvimento das plataformas começaram a oferecer cursos aos usuários.
“Várias empresas ingressavam, e por uma dificuldade natural de manuseio e suporte, elas abandonavam a utilização da plataforma. Eles perceberam que precisavam ir além de entrar com a tecnologia, precisavam entrar também com o conteúdo e a capacitação”, explica.
Sistemas não substituem profissionais
Segundo os especialistas, existem plataformas para todos os perfis de empreendimento, desde lojas com pequenos estoques até grandes redes de varejo. As plataformas auxiliam em uma série de etapas do negócio, como design das páginas, gerenciamento de entregas, contabilidade e gestão de estoques.
Mesmo com todos os benefícios, porém, Bandeira ressalta que o sistema virtual não substitui um profissional capacitado. “Você têm pessoas que precisam acompanhar os pedidos, despachar mercadoria e várias outras funções que necessitam ser supervisionadas ou executadas por um profissional. Até por conta disso, as empresas devem buscar cursos para a capacitação desse funcionário”, ressalta.
Os tipos de plataforma também variam de acordo com o tamanho do empreendimento. Os sistemas podem ser de código fechado, aberto – quando o usuário tem acesso direto ao código fonte -, pago, gratuito e também funcionar em nuvem.
Veja abaixo as principais plataformas utilizadas no Brasil:
Magento
É a plataforma de e-commerce mais usada no mundo. Possui versões gratuitas e licenciadas, mas é voltada aos grandes comércios. “Ela exige um conhecimento de codificação e não é indicada para pequenos empreendedores, principalmente os que não têm experiência”, afirma Rolim. A Magento é a base para grande empresas, como a Nike e a brasileira Saraiva.
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Fastcommerce
É a plataforma de código fechado mais popular do Brasil. É de simples uso e entendimento, indicada para empresas pequenas e iniciantes. A Fastcommerce oferece um plano gratuito com limite de 50 itens para venda. Acima disso, é cobrada uma mensalidade.
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Vtex
É a principal plataforma em nuvem no País. A Vtex é licenciada e indicada para empresas grandes e com pessoas capacitadas em programação. A mesma companhia oferece a plataforma Loja Integrada, uma versão gratuita e mais simples da Vtex. “Ela possui as mesmas características da Fastcommerce, com limite de 5 mil visitas e 50 produtos cadastrados”, explica Rolim.
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WooCommerce
Plataforma gratuita e de código aberto. Foi feita para o uso como plugin do WordPress. Permite transformar os blogs em lojas virtuais, sem dificuldades. Indicada para pessoas que não têm muito conhecimento em e-commerce e programação.
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Tray
Plataforma de código fechado e paga. Atua há 15 anos no mercado brasileiro. Atende pequenas e grandes empresas e pode ser integrada aos marketplaces. Este acesso permite a venda de produtos em grandes sites, como Amazon e Submarino.
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