30/11/2020 - 10:12
A empresa americana Moderna anunciou que apresentará nesta segunda-feira (30) pedidos de autorização de emergência para sua vacina contra a covid-19 nos Estados Unidos e na Europa, depois que resultados completos confirmaram uma alta eficácia do produto (94,1%).
Duas semanas depois de ter anunciado uma eficácia de 94,5% com base em resultados preliminares, a Moderna afirmou que dos 196 participantes em seu teste clínico que foram infectados pela covid-19, 185 pertenciam ao grupo placebo, e 11, ao grupo vacinado, com uma eficácia calculada de 94,1%.
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Isto significa que as pessoas vacinadas viram o risco de contrair covid-19 reduzido em 94% na comparação com as pessoas que não foram vacinadas, uma eficácia similar à da vacina da Pfizer/BioNTech (95%).
Nenhuma forma grave da doença foi registrada no grupo vacinado, contra 30 no grupo placebo.
A Moderna informou que não foram observados novos efeitos colaterais graves nos voluntários vacinados, mas não declarou, de modo explícito, se foram observados inicialmente efeitos colaterais graves.
Em 16 de novembro, a empresa anunciou que a vacina era “geralmente bem tolerada” e não havia provocado “preocupações de segurança importantes”.
As reações mais frequentes não foram graves, como dor na área próxima à injeção no braço, cansaço, rigidez muscular, ou dor de cabeça.
Um participante do teste clínico faleceu, mas estava no grupo placebo.
A Moderna informou que a eficácia observada de sua vacina foi uniforme de acordo com idade, gênero e etnia.
“Esta análise positiva preliminar confirma a capacidade de nossa vacina para prevenir a covid-19 com uma eficiência de 94,1% e, significativamente, a capacidade para prevenir a forma grave de covid-19”, disse Stéphane Bancel, CEO da Moderna.
A empresa apresentará o que se denomina nos Estados Unidos uma solicitação de autorização de emergência da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), que deve convocar o comitê de consulta sobre vacinas em 17 de dezembro. O encontro poderia permitir, em caso de aprovação, a distribuição nos dias seguintes.
A Moderna também apresentará nesta segunda-feira um pedido de uso condicional à Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
A vacina Pfizer/BioNTech já está sendo avaliada pela FDA e pode receber autorização pouco depois de 10 de dezembro.