05/12/2020 - 9:13
A capital russa, Moscou, começou, neste sábado (5), a vacinar os trabalhadores mais expostos ao novo coronavírus em centros de vacinação instalados por toda a cidade.
Setenta centros de vacinação foram abertos na capital russa, com serviço inicialmente destinado a assistentes sociais, pessoal médico e professores.
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“Os cidadãos dos principais grupos de risco que, devido às suas atividades profissionais estão em contacto com muita gente, podem ser vacinados”, afirmaram as autoridades russas.
A Rússia foi um dos primeiros países a anunciar o desenvolvimento de uma vacina – batizada de Sputnik V em homenagem ao satélite soviético – em agosto, antes mesmo do início dos testes clínicos em larga escala.
A vacina está atualmente na terceira e última fase de testes clínicos com 40.000 voluntários.
Seus criadores anunciaram uma taxa de eficácia de 95% no mês passado, de acordo com resultados preliminares.
Segundo eles, a vacina será mais barata e mais fácil de armazenar e transportar do que outras que estão sendo desenvolvidas no mundo.
A vacina, administrada em duas doses com 21 dias de intervalo, é um “vetor viral” usando dois adenovírus humanos.
Será gratuita para os cidadãos russos e administrada de forma voluntária.
Neste sábado, as autoridades de saúde disseram que durante esta primeira fase de vacinação em Moscou, a vacina não seria administrada a trabalhadores com mais de 60 anos, pessoas com doenças crônicas, mulheres grávidas ou lactantes.
Elas não indicaram quando o tratamento estaria disponível para o público em geral.
O prefeito de Moscou, Serguei Sobyanin, anunciou na sexta-feira que 5.000 pessoas se inscreveram cinco horas após a abertura do registro online para a imunização.
“Quero ter certeza de que o coronavírus não infectará a mim e meus parentes”, disse Serguei Bouslaïev, de 42 anos e que trabalha com seguros, a jornalistas da AFP.
“Quero poder ir à academia com segurança e retomar uma vida normal”, acrescentou.
Neste sábado, a Rússia registrou 28.782 novas infecções em 24 horas, novo recorde diário, elevando o total para 2.431.731 casos desde o início da pandemia, colocando o país em quarto lugar no mundo em número de casos.
Apesar do aumento dos casos, qualquer novo confinamento nacional está, neste momento, excluído, a fim de evitar uma nova paralisação da economia.
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