04/08/2021 - 0:15
Cientistas têm vindo para alertar o mundo sobre as alterações climáticas e das suas consequências futuras. Contudo, o presente já esta nos mostrando como será. Aliás, os cientistas estão preocupados com o crescimento de uma zona de hipoxia, uma zona morta, no oceano. Mais do que isso, consideram que esse crescimento poderá estar a acontecer na sequência das alterações climáticas.
Uma zona de hipoxia particularmente grande, no Oceano Pacífico, tem preocupado os cientistas. Isto, porque esta zona poderá ser apenas uma representação do futuro dos ecossistemas oceânicos, na sequência das alterações climáticas. Mais comumente mencionada como ‘zona morta’, é o processo associado à diminuição dos níveis de oxigênio numa extensão de água, tornando-a inabitável. Ou seja, as criaturas e espécies que habitam nessas extensões de água, ou fogem, ou morrem.
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Atualmente, a zona de hipoxia perto do Oregon tem cerca de 100 metros de largura. Contudo, infelizmente, os cientistas disseram ao The Washington Post que a previsão é que esse tamanho aumente.
É um dos cavaleiros da mudança climática no mar. E isto porque a água que recebemos é mais baixa em oxigênio dissolvido do que costumava ser, disse Francis Chan, pesquisador da Oregon State University.
Numa entrevista separada com a ABC KATU, o pesquisador explicou que está preocupado que esses desastres subaquáticos se tornem cada vez mais comuns. Além disso, refere que antes de ser uma área de hipoxia, a extensão de água contava com várias espécies passíveis de serem observadas, mas que com a falta de oxigênio sufocaram.
Segundo o cientista, as evidências apontam, cada vez mais, para a influência das alterações climáticas neste campo. Isto, porque a água mais quente dissolve menos oxigênio e, nesse sentido, os oceanos sofrerão com o constante aumento das temperaturas.
Apesar da preocupação, os cientistas admitem não ter forma de saber quais os impactos a longo prazo das várias áreas de hipoxia no oceano – na sua saúde e capacidade de acolher ecossistemas. Todavia, acreditam que essas zonas serão cada vez mais comuns e maiores, à medidas que o aquecimento global se torna mais preocupante.