26/01/2022 - 19:54
Muitos brasileiros ainda deixam o dinheiro na caderneta de poupança, mesmo ela perdendo para a inflação, calculada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), desde 2019. Isso significa que, na prática, quem tem dinheiro na poupança perdeu poder de compra nos últimos anos, já que o rendimento real dela está negativo.
Existem, entretanto, diversos tipos de investimentos seguros que podem ser muito mais rentáveis do que a poupança. A IstoÉ Dinheiro conversou com um especialista e listou três investimentos simples para sair da poupança em 2022.
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Confira, abaixo, quais investimentos podem trazer mais retorno do que a poupança, sem grandes riscos:
Tesouro Direto
O Tesouro Direto possui diferentes títulos. São eles: Prefixados, Tesouro Selic e Tesouro IPCA.
Os títulos prefixados garantem rentabilidade fixa, com uma taxa apresentada antes do investimento. Este título é ideal para quem tem metas de médio e longo prazo.
Já o Tesouro Selic é pós-fixado e atrelado à Taxa Selic. Por isso, ele é considerado o mais ideal para quem quer começar a investir no Tesouro Direto. O Tesouro Selic pode servir para constituir uma reserva de emergência, já que possui o menor risco em caso de uma venda antecipada.
Por fim, existe o Tesouro IPCA, que está atrelado à inflação e oferece uma rentabilidade acima dela, já que ainda possui uma taxa prefixada de juros. Este título é ideal para investimentos de longo prazo.
Segundo o analista CNPI do TradeMap, Jader Lazarini, o Tesouro Selic é o investimento mais seguro no Brasil, mas também pode investir em CDBs (Certificado de Depósito Bancário). “Ele [Tesouro Selic] acompanha a taxa básica de juros, que está em 9,25%. Tem como pensar também em CDBs que acompanham o CDI. CDBs de 100% do CDI já rende cerca de 9,15% bruto ao ano. O CDB e o próprio Tesouro Selic são investimentos mais atrativos do que a poupança”, afirma Lazarini.
O próprio site do Tesouro Direto possui uma tela interativa que, com perguntas simples, mostra qual título ideal para você investir, de acordo com suas necessidades. Se você quer investir por dois anos, para comprar um carro, ele te dará uma opção de investimento. Caso seu intuito seja comprar uma casa em 10 anos, por exemplo, ele te dará a opção de investir em outro título mais apropriado.
A ferramenta que mostra as possibilidades de investimentos do Tesouro também mostra detalhes sobre quantidade de aportes e valores necessários para que o cidadão alcance seu objetivo quando chegar a hora do resgate.
CDB
Os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) são títulos emitidos por bancos, com o objetivo (por parte do banco) de obter capital. O CDB é um investimento em renda fixa, que funciona como uma troca. Nela, o investidor “empresta” o seu dinheiro ao banco e recebe o valor com uma taxa de rentabilidade definida pela instituição no momento da compra do título. Esta taxa pode oscilar ou não, a depender do tipo. Se ela for prefixada, o investidor já saberá o quanto seu dinheiro renderá até o vencimento. Caso ela seja pós-fixada, ela poderá variar, já que será ligada a algum indexador da economia.
Fundos Imobiliários
Caso o investidor seja um pouco mais ousado, e já conheça mais sobre o mercado, os Fundos Imobiliários podem representar uma boa ideia de investimento. Para Lazarini, esta é uma boa opção, já que este ativo não é tão volátil e o mercado imobiliário já é um tema conhecido, no quesito de investimentos, por parte dos brasileiros.
“Eles [Fundos Imobiliários] não fazem parte da renda fixa e tem um risco embutido, mas é uma classe de ativos que é menos volátil e os investidores acostumados com a poupança podem entrar na renda variável através disso, já que imóveis é um tema que os brasileiros estão mais acostumados, a volatilidade é menor e existem dividendos mensais, então você vê um fluxo de caixa maior”, diz o analista do TradeMap.
Os fundos imobiliários são fundos de investimentos, formados por um grupo de investidores, que têm como principal objetivo aplicar recursos em diferentes empreendimentos imobiliários.
Uma das principais vantagens dessa classe de ativo é que o investidor consegue aplicar os seus recursos financeiros em ativos do mercado imobiliário sem ter que comprar um imóvel físico, livrando-se de toda burocracia que envolve a compra e o aluguel de imóveis.
Além disso, os FIIs oferecem algo de extrema importância na renda variável: a diversificação. É possível investir em shoppings, galpões, hospitais, hotéis, entre outros tipos de empreendimentos, sem se prender a um setor específico.