01/04/2022 - 11:48
Sou suspeito para falar, mas o farei mesmo assim. Foi por causa do Miolo Merlot Terroir que eu decidi me tornar winemaker. O ano era 2010 e eu tive o privilégio de receber em primeira mão o resultado da histórica degustação às cegas comandada na embaixada brasileira de Londres pelo Master of Wine Dirceu Vianna Jr. Com a participação de 40 especialistas, foram avaliados 18 vinhos da casta Merlot produzidos em 11 países, com ênfase no novo mundo. Para surpresa geral, o vencedor foi o Miolo Merlot Terroir 2005, safra que até então havia sido, do ponto de vista climático, uma das melhores da Serra Gaúcha. Além de publicar uma reportagem sobre aquela conquista, tomei uma decisão que teve grande impacto na minha vida a partir de então: cursar o programa Winemaker da Escola do Vinho Miolo. Foi com muito orgulho que, em 2011, participei da criação de um Merlot com a Denominação de Origem Vale dos Vinhedos, a única do Brasil.
Anos depois, recebi com muita honra o convite para ser um dos embaixadores da coleção Os Sete Lendários da Miolo – ou, para ser ainda mais chique: The 2020’s Seven Legendaries of Miolo. Trata-se de uma seleção de vinhos de altíssima qualidade, produzidos em quatro terroirs brasileiros (da Campanha Gaúcha ao Vale do São Freancisco), cada qual com a sua personalidade. Eles começam a chegar ao mercado nesta semana, com o lançamento do Miolo Merlot Terroir 2020, ano que foi considerado pelos enólogos brasileiros a “safra das safras”.
“A Safra 2020, assim como a de 2018, foi lendária porque superou todas as expectativas nos quatro terroirs. Isso é muito difícil de acontecer e, por isso, precisa ser celebrado da melhor forma que sabemos fazer: elaborando vinhos ícone, que formam uma coleção histórica, para compartilhar com o mercado consumidor o que de melhor o Brasil proporciona”, afirmou o diretor superintendente da Miolo Wine Group, enólogo Adriano Miolo.
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O Miolo Merlot Terroir nasce da seleção manual de uvas cultivadas em quatro vinhedos, nos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, que integram a região geograficamente demarcada do Vale dos Vinhedos. “Com este vinho, imprimimos toda nossa dedicação e expertise para fazer um Merlot digno de ostentar o selo de Denominação de Origem Vale dos Vinhedos. É nossa missão, como família que aqui prosperou, trazer o máximo da característica deste terroir em um varietal, reforçando a importância desta uva para a identidade do Vale”, disse o enólogo.
Classificado como “vinho nobre” pela legislação brasileira devido ao teor alcóolico de 15 gruas), ele apresenta coloração vermelho rubi intenso com traços violáceos. Tem alta intensidade aromática, com expressivo caráter varietal e excelente harmonia da fruta (cereja), com notas de carvalho (ele repousou em barricas por 12 meses) como caramelo, cacau, café e baunilha. Para o enólogo, ele harmoniza com pratos de aromas intensos e complexos, como pato assado ao tamarindo, risoto de funghi, massa ao molho de gorgonzola e até uma caldeirada de marisco.
A coleção Sete Lendários é definida pela Miolo com “tesouro em forma de vinho”. São ícones dos quatro regiões onde a Miolo Wine Group produz: Vale dos Vinhedos (Miolo), Vale do São Francisco (Terranova), Campanha Meridional (Seival) e Campanha Central (Almadén). Lançada originalmente com os ótimos vinhos de 2018, chega agora ainda melhor com os rótulos da “safra das safras”. Depois do Merlot Terroir do Vale dos Vinhedos, serão lançados, pela ordem, o Testardi Syrah do Vale do São Francisco, Quinta do Seival Castas Portuguesas, Vinhas Velhas Tannat, Sebrumo Cabernet Sauvignon (novidade no portfólio), Lote 43 e Sesmarias. Após os lançamentos individuais, serão comercializados também em conjunto, em uma elegante caixa de madeira.