12/12/2022 - 20:30
O que pode parecer brincadeira para quem não tem pet é na verdade um negócio sério – e rentável. O mercado de suplementos e vitaminas para cães e gatos está apenas no começo, mas os números por trás da startup Petvi mostram que a categoria ganha força. As projeções indicam que a empresa deve fechar 2022 com faturamento de R$ 26 milhões, um crescimento orgânico de mais de 60% na comparação anual. Para 2023, a Petvi planeja manter o ritmo com a recente entrada no varejo, expansão internacional, além de novas linhas de produtos. “Vimos o mercado de suplementos humanos crescer exponencialmente na última década. Todos os indícios mostram que o mesmo vai acontecer com o mercado pet”, disse Rafael Dzik, cofundador da Petvi.
A proposta de crescimento da startup não descarta a aquisição de produtos e marcas já rentáveis e que sejam complementares às suas linhas atuais. Segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), 59% dos lares brasileiros têm pelo menos uma pessoa consumindo suplementos. Dzik e os irmão Max e Patrick Peters, também cofundadores da Petvi, acreditam que o mesmo deve acontecer com o mercado de suplementação pet.
Os três empreendedores usaram capital próprio, de R$ 1 milhão, para começar a empresa. O primeiro produto foi o Longevi, um suplemento canino que junta 44 micronutrientes para completar a alimentação de cachorros. O segundo foi o Atlantis, o primeiro ômega 3 líquido para cachorros e gatos do Brasil. Os dois também fazem dobradinha de liderança também como os mais vendidos do Mercado Livre. “Apesar da nossa força no on-line, sabemos que o mercado off-line é
ainda muito maior”, afirmou Patrick.
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No primeiro semestre deste ano, o varejo pet registrou a abertura de mais de 18,2 mil negócios no Brasil. Dados do Sebrae confirmam o aumento de 33% na comparação aos primeiros seis meses de 2019 – antes do início da pandemia. Com o isolamento social, os consumidores passaram a dar mais atenção para dentro do lar, desde melhorias da casa a produtos e serviços personalizados. E com os novos membros da família não foi diferente.
De acordo com o Censo Pet ITB, os cães lideram o ranking, com 58,1 milhões de indivíduos. Segundo nova projeção do Instituto, o segmento deve crescer 14% até o fim de 2022, após faturar R$ 51,7 bilhões em 2021. O Brasil é o terceiro país em população total de animais de estimação, o que endossa a força do setor na economia.
A Petvi fez parte do programa de Scale Up da Endeavor, principal ONG de empreendedorismo do mundo, e planeja lançar quatro produtos nos próximos seis meses, concebidos pela área interna de P&D. “Nossa filosofia é simples: criar bons produtos para solucionar problemas. Mas o que realmente faz a diferença é a qualidade da execução”, afirmou Max.