Jacinda Ardern não ocupará mais o cargo de primeira-ministra da Nova Zelândia. No Parlamento desde 2008, ela confessou à imprensa que não tem mais forças para garantir seu trabalho como política no país. O próximo dia 7 de fevereiro deve marcar o fim do mandato da integrante do Partido Trabalhista. O motivo: o esgotamento de Jacinda. 

A premiê declarou que esteve de férias, com foco em descansar e ‘encontrar energia’ para seguir no cargo. “Mas, infelizmente, não consegui e eu estaria prestando um péssimo serviço à Nova Zelândia se continuasse no cargo”, disse ela.

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Na mesma medida em que foi elogiada por seu trabalho no combate à pandemia do coronavírus, Jacinda sofria com ‘crescentes pressões políticas internas e um nível de críticas de parte da oposição’ na Nova Zelândia. 

Uma pesquisa global da Deloitte aponta que 46% das mulheres estão sofrendo de burnoutdistúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante. Apesar de não mencionar que sofre do distúrbio, as declarações de Jacinda coincidem com a realidade de outras milhares de mulheres líderes pelo mundo. 

“Eu sou humana. Damos o máximo que podemos pelo tempo que podemos e então é hora. E para mim, chegou a hora. Estou saindo porque com um trabalho tão privilegiado vem uma grande responsabilidade. A responsabilidade de saber quando você é a pessoa certa para liderar – e também quando não é”, disse a primeira ministra, que assumiu a posição em 2017.