O dólar não firmou sinal único ante outras moedas principais. Em dia de agenda modesta, a moeda chegou a ser apoiada por pesquisa de expectativas de inflação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York, mas o índice DXY do dólar recuou. Havia ainda maior expectativa pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nesta semana, sinal importante para o Fed, que nesta segunda-feira reafirmou a postura de esperar por mais clareza antes de decidir por corte de juros.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 156,21 ienes, o euro avançava a US$ 1,0789 e a libra tinha alta a US$ 1,2554. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caía 0,06%, a 105,240 pontos.

O DXY operou perto da estabilidade durante boa parte do dia, com viés negativo. Houve redução das perdas mais para o fim da manhã, após o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, afirmar que seria apropriado manter os juros em nível restritivo até haver mais evidências de progresso na inflação. Para ele, o fato de que a queda na inflação atenuou no primeiro trimestre é uma fonte de preocupação.

Além disso, o Fed de Nova York divulgou pesquisa segundo a qual as expectativas de inflação para 1 ano subiram de 3,0% em abril a 3,3% em maio. Para o horizonte de 3 anos, elas recuaram de 2,9% a 2,8%, e para 5 anos avançaram de 2,6% a 2,8%. Na sexta-feira, pesquisa da Universidade de Michigan havia indicado alta nas expectativas para 1 e 5 anos nos EUA.

Na avaliação da Convera, o dólar oscilava na mesma faixa, à espera dos números do CPI na quarta-feira. Para ela, notícias sobre os preços ao consumidor americano continuam a ser a maior força neste momento a moldar o mercado cambial.