O dólar à vista fechou nesta sexta-feira,7, em forte alta ante o real, acima dos R$ 5,30 , com as cotações reagindo ao avanço firme da moeda norte-americana no exterior, após dados do mercado de trabalho dos EUA sugerirem que o Federal Reserve fará apenas um corte de juros em 2024, e em meio ao desconforto dos investidores com a área fiscal no Brasil.

O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,3247 na venda, em alta de 1,44%. Este é o maior valor de fechamento desde 5 de janeiro de 2023, quando a moeda foi cotada a R$ 5,3527. Na semana, a moeda acumulou elevação de 1,40%.

O Ibovespa encerrou o dia novamente em queda, de 1,73%, a 120.767,19 pontos. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira retomou o viés de baixa após a trégua na véspera, quando avançou mais de 1% depois de seis quedas seguidas. Com tal desempenho, o acumulado da semana mostrou um declínio de 1,07%.

No ano, a queda é de 10%. O patamar de fechamento desta sexta-feira é o menor desde 13 de novembro, quando encerrou aos 120.410,17 pontos. Já a variação negativa é a maior desde 21 de setembro, quando tombou 2,15%.

Os pregões desta sexta repercutiram os dados do mercado de trabalho norte-americano, que mostraram que a atividade nos Estados Unidos continua aquecida, adicionando incertezas sobre quando o Federal Reserve reduzirá os juros na maior economia do mundo.

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Na máxima do dia, o Ibovespa marcou 122.898,80 pontos. Na mínima, registrou 120.679,06 pontos. O volume financeiro no pregão somava R$ 19,9 bilhões antes dos ajustes finais, novamente abaixo da média diária do ano, de R$ 23,77 bilhões.

Cenário econômico nos EUA

Operadores reduziram nesta sexta-feira, 7, as apostas de que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, cortará a taxa de juros em setembro depois que relatório do governo dos Estados Unidos mostrou que os empregadores criaram muito mais vagas em maio do que o esperado.

O banco central dos EUA está monitorando de perto as condições do mercado de trabalho e o crescimento econômico para garantir que não mantenha os juros muito altos por muito tempo e não esfrie demais a economia enquanto tenta fazer com que a inflação volte à sua meta de 2%.

O Fed deve deixar sua taxa básica de juros inalterada na próxima semana na faixa atual de 5,25% a 5,50%, onde está desde julho passado.