04/11/2016 - 0:00
Um dos maiores desafios das grandes empresas é desenvolver produtos na velocidade de uma startup. Como não se trata de uma tarefa fácil, dada a lentidão dos conglomerados, algumas companhias estão somando esforços com as empresas pontocom. É o caso do grupo francês Edenred, dono da Ticket, Ticket Log, Repom e Accentiv’Mimética. A Edenred acaba de importar o programa Open Innovation da matriz. A ideia é servir de incubadora para startups locais desenvolverem soluções para todos os negócios da Edenred no Brasil. Gilles Coccoli, o presidente da empresa, falou à coluna:
Como surgiu o interesse de trazer o programa de Open Innovation ao Brasil?
Desde 2010, quando a inovação foi colocada como uma questão central no plano de desenvolvimento da Edenred, passamos a avaliar ferramentas para desenvolver o que chamamos de inovação interna. De dois anos para cá, começamos a tocar um programa de Open Innovation brasileiro, voltado para uma atuação mais local com interação com startups nacionais. O programa saiu do papel agora com a parceria com a startup Collact, que nos ajudou a desenvolver o portal Sou Ticket, exclusivo para os usuários do cartão de benefícios. A ideia do portal é reunir um conteúdo único para os clientes, com ofertas, descontos, lista de estabelecimentos favoritos e a opção de autoatendimento.
As parcerias com as startups vão reduzir o custo que a empresa tem com inovação?
Mais que reduzir o custo, o programa com as startups vai agilizar o processo de inovação da companhia. Antes, o que levaríamos de um a dois anos para construir, poderá ser realizado em até seis meses. Vamos unir a expertise que a startup possui, com a nossa estrutura de multinacional. Além disso, não precisaremos investir na construção do produto. É como se fossemos uma incubadora. Claro, tudo será feito por meio de um contrato. Em alguns casos, nosso único aporte inicial é ceder o espaço para a startup trabalhar. Nossa meta é continuarmos sendo pioneiros em vários produtos no mercado. E essa parceria é fundamental para isso.
(Nota publicada na Edição 992 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Hugo Cilo e Paula Bezerra)