A Samsung está considerando a possibilidade de se dividir em duas companhias. Esse é um dos reflexos das pressões que a empresa coreana tem sofrido em decorrência do desastre comercial do Galaxy Note 7, que deixou de ser fabricado após vários casos de explosões de baterias. A iniciativa, aliás, não seria incomum no mundo dos negócios. Em 2014, a HP tomou a mesma iniciativa para ter mais agilidade e dividiu-se em duas, uma delas voltada para serviços para empresas e outra de computadores e impressoras. A Symantec, no mesmo ano, cindiu-se em uma divisão de segurança e outra de gestão da informação. No caso da Samsung, a proposta de divisão é defendida, desde outubro, pela administradora de fundos Elliott Management, comandada pelo bilionário americano Paul Singer e acionista da Samsung. A direção da empresa, liderada por Jay Y. Lee, reuniu-se na terça-feira 29 para debater o assunto, mas nenhuma informação foi divulgada. De acordo com a imprensa americana e coreana, seria criada uma empresa responsável por gerenciar todas as operações da companhia. A outra metade da companhia funcionaria como uma holding, com o propósito de controlar outras empresas. A operação seria similiar ao que aconteceu com o Google, divivido em várias empresas menores, sob o comando da holding Alphabet.

(Nota publicada na Edição 996 da Revista Dinheiro)