Marcos Amaro, ex-dono das Óticas Carol e herdeiro do lendário fundador da TAM, Rolim Amaro (1942-2001), deixou o mundo empresarial para tocar projetos no universo da arte. Além de ser autor de quadros e esculturas, ele também está construindo um museu dedicado à escultura latino-americana, em Itu, interior de São Paulo. Mas a veia empresarial falou alto. Ele acaba de comprar a Galeria Emma Thomas, de São Paulo. “Sentia falta de profissionalizar a arte”, diz Amaro. “Vamos ter uma sede nos Jardins e, dentro de cinco anos, teremos galerias em Bruxelas e Nova York.”

Arte em testamento

Além de representar artistas como Gilberto Salvador e Estela Sokol, a galeria vai vender também obras da coleção particular de Amaro. Avaliada em US$ 10 milhões, ela é formada por 600 telas e esculturas de artistas como Andy Warhol (1928-1987), Lygia Clark (1920-1988), Jean-Michel Basquiat (1960-1988) e Roy Lichtenstein (1923-1997). “A meta é faturar mais de R$ 50 milhões por ano a partir de 2022”, diz ele. Paralelo a isso, Amaro mantém participação na gestora de recursos V2 Investimentos, na empresa de parques logísticos Logbras e tem diversos imóveis. A arte, entretanto, é o seu xodó. “A Fundação Marcos Amaro (fundação criada por ele para fomentar a arte no País) está no meu testamento”, diz ele.

(Nota publicada na Edição 1033 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Cláudio Gradilone e Machado da Costa)