02/10/2017 - 14:18
A suspensão de uma determinada oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) por conta de demanda é algo natural em um mercado ativo e que não irá afetar as ofertas que estão nos bancos de investimento neste momento, de acordo com o presidente da B3, Gilson Finkelsztain. “A desistência de um IPO não afeta o pipeline”, disse, após participar do “Guia Sustentabilidade: Oportunidade de Negócios no Setor de Intermediação.”
O executivo afirmou que o interesse dos estrangeiros segue alto em relação ao Brasil, e que essa foi também sua percepção depois de encontros com investidores não residentes.
Na semana passada, dos dois IPOs programados para serem precificados, o da Camil saiu após redução de preço e o da Tivit foi cancelado. Finkelsztain disse que nas emissões de ações a dinâmica de preço é algo normal, com vendedores puxando os valores para cima e os compradores, para baixo. Dessa forma, quando essa equação não fecha, ofertas acabam sendo suspensas.
No mercado, segundo ele, a expectativa é de que as emissões de ações devem alcançar um volume de R$ 50 bilhões, mas ressaltou que essa não é uma previsão da B3. Citou, ainda, que na fila estão IPOs relevantes, como BR Distribuidora e Eletrobras, sendo que esta última deve ficar para 2018.