Os sinais de reaquecimento ainda são tímidos para muitos negócios voltados aos consumidores de baixa renda. Mas não para a Tricard, administradora de cartões private label do grupo atacadista Martins. “Nossa projeção é fechar 2017 com um salto de 27% na receita, para R$ 2,3 bilhões”, diz Ricardo Batista, diretor da operação. Criada para “substituir a caderneta de fiado do lojista”, a empresa tem 2 milhões de cartões ativos, em 9 mil varejistas, boa parte deles, pequenas e médias lojas. A companhia se beneficiou do fato de que, com a crise e as restrições de crédito, esse público deixou de ser atendido pelos grandes bancos. Para 2018, um dos focos é expandir essa base para 11 mil varejistas. Outro plano é posicionar a Tricard como bandeira em todo o País. “Queremos ampliar a rede de aceitação dos nossos cartões de 3 mil para 20 mil lojas”, afirma Batista, que destaca a retomada do consumo em segmentos como telefonia e eletroeletrônicos. “Ainda não é um grande movimento, mas a curva já inverteu.”

(Nota publicada na Edição 1042 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Cláudio Gradilone, Hugo Cilo e Moacir Drska)