04/04/2018 - 14:18
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (4) que as estatísticas divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro apontam redução da violência, embora essa percepção “não seja generalizada e o nível de criminalidade ainda seja elevado”.
Ele esteve no Rio pela manhã quando participou da cerimônia de assinatura de um convênio entre o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a prefeitura do Rio de Janeiro e o Ministério do Desenvolvimento Social. Afirmou que não há expectativa de uma solução rápida para a segurança.
“As estatísticas apontam para a redução da violência, entretanto, esse processo levou décadas para ser construído no Rio de Janeiro. Não vai ser em um mês e meio que vai mudar. Não há essa expectativa”, disse o ministro, que se referiu à queda de 9,2% no número de homicídios em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Jungmann afirmou que a batalha contra a violência será longa e começa na reestruturação das polícias, que estavam, em grande parte, “totalmente sucateadas”. “Cada vez mais vamos ganhar velocidade, e o Rio de Janeiro vai começar a perceber efetivamente mudanças. Elas estão vindo”.
Corregedorias serão fortalecidas
Sobre o aumento do número de homicídios decorrentes de ação policial, disse que uma das medidas da intervenção será o fortalecimento das corregedorias policiais no estado. Os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial cresceram 17,6% em fevereiro, segundo o ISP.
“Para aqueles entre os agentes de segurança que têm relação com corrupção e com o crime, quero deixar claro que seremos, dentro da lei, implacáveis”, disse.
O ministro afirmou, ainda, que o recurso prometido para a segurança do Rio de Janeiro deve chegar em até 15 dias, porque depende de medidas burocráticas que dizem respeito à efetivação da estrutura da intervenção.
Jungmann disse que o ministério receberá “uma boa soma” de recursos até a próxima semana, e fará investimentos em equipamentos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além da ampliação da Força Nacional.
Segundo ele, uma boa parte do dinheiro será destinada aos estados, mas, em vez de repasses, serão firmados contratos de gestão que cobrarão resultados por meio de metas.