O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, anunciou a disponibilização de R$ 3,2 bilhões em linhas de crédito para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A verba será destinada à instalação de placas fotovoltaicas em residências e em grandes indústrias. Isso ocorre dentro da política de desenvolvimento das três regiões, por intermédio das superintendências de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e do Centro-Oeste (Sudeco).

Será possível financiar todos os bens e serviços necessários correspondentes, como aquisição e instalação das placas fotovoltaicas, entre outros. A expectativa do Ministério da Integração Nacional é que sejam realizadas pelo menos 10 mil operações este ano.

Os financiamentos serão feitos em três bancos – Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco do Brasil – com verba dos fundos constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-oeste (FCO).

Outra novidade é a possibilidade de usar os recursos desses fundos no Novo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Estarão disponíveis R$ 700 milhões disponíveis para estudantes no Nordeste, R$ 234 milhões para os do Norte e R$ 190 milhões para o Centro-Oeste.

De acordo com o ministério, a estimativa de valores disponibilizados para financiamentos nos três fundos constitucionais, somados, deverão ultrapassar R$ 22 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano. Os dados foram anunciados durante a reunião dos conselhos deliberativos das três superintendências, ocorrida no Palácio do Planalto.

O presidente Michel Temer participou da abertura da reunião. Na presença de Barbalho e de representantes das três regiões, Temer afirmou que o seu governo não prioriza um região específica. “[…] Nosso compromisso não é com uma parcela da sociedade, é com este vastíssimo país. Nosso compromisso é com todos os brasileiros e com todas as regiões.”

Discurso

Na maior parte do discurso, o presidente Temer seguiu a linha adotada na maioria de suas mais recentes falas e fez um apanhado de sua gestão. Ele citou a reforma do ensino médio, o repasse de R$ 2 bilhões para auxiliar os municípios, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro e a repactuação da dívida dos estados, entre outras medidas.

“Nestes quase dois anos à frente do governo, trabalhamos todos, dia e noite, para dar ao Brasil a rota do desenvolvimento. Ao longo do tempo, muitas vezes pude acompanhar a política no seu todo. E verificava certas questões desejadas e pedidas inúmeras vezes. Logo que cheguei ao governo, eu disse que essas questões todas iríamos levar adiante”, lembrou.