Os resultados de 2015 e as expectativas de faturamento para este ano no Brasil não têm agradado as grandes redes internacionais de comunicação que investiram no País. Mas há quem esteja colhendo bons frutos. A rede americana de relações públicas Weber Shandwick, ligada ao Interpublic Group – que também é dono de outras grandes marcas da publicidade como a WMcCann e a Futurebrand – fechou 2014 com crescimento de 42% no Brasil. Em 2015, o crescimento foi de 25% e a meta da agência para 2016 é manter esse ritmo do ano passado.

“Estamos crescendo acima de 10% em mais de 20 países, e o Brasil é um dos mercados de melhor desempenho”, diz Andy Polansky, CEO da Weber Shandwick, que visitou o Brasil em dezembro, para reunir-se com a equipe local, que inclui a agência de relações públicas e assessoria de imprensa S2Publicom. “Mais e mais as empresas estão preocupadas em como os diversos agentes econômicos perceberão a sua marca.” Isso teria, segundo o executivo americano, estimulado o crescimento local.

Quando a Weber comprou a S2Publicom no País, em 2011, a companhia brasileira tinha 100 empregados. Agora, são mais de 200. Outros fatores que estimulam o crescimento são a digitalização das relações das empresas com a sociedade e o interesse delas por contarem com profissionais especializados para cuidar da reputação de suas marcas. Para alcançar isso, a Weber criará neste ano duas novas marcas nos EUA, a Creation, especializada em tecnologia, e DNA, para o setor de saúde. 

Na semana passara, ela anunciou ainda a compra, nos EUA, da agência especializada em comunicação para serviços de saúde ReviveHealth. Além dessas tendências, os clientes também, afirma Polansky, estão priorizando agências ligadas a grandes grupos internacionais, como o Interpublic e os rivais WPP e Publicis. “As empresas querem integração das ações de comunicação”, diz. “Elas desejam garantir que as abordagens de publicidade, de relações públicas e de ações digitais sejam coordenadas em conjunto.