03/09/2018 - 18:39
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem aprovado mudanças para dar apoio ao desenvolvimento do mercado de capitais de longo prazo. Por isso, tão logo haja evolução no que diz respeito ao ajuste fiscal, já é evidente que sua participação tende a crescer, disse o presidente do banco de fomento, Dyogo de Oliveira, durante painel no Congresso Brasileiro de Mercado de Capitais, promovido pela Anbima e pela B3.
“Já observamos um movimento muito sólido, dada a procura que vemos de gestores que aparecem, além dos bancos de investimento, em busca de estruturar financiamentos de longo prazo”, comentou.
“Tão logo tenhamos solução do ponto de vista fiscal, vai ter de acontecer, pois é a ultima barreira que enfrentamos. Os grandes riscos macroeconômicos o Brasil superou”, disse ainda. Oliveira frisou que, com continuidade das reformas, “do outro lado teremos tempo para trabalhar as agendas de eficiência econômica, que ao final geram economia mais produtiva e competitiva”.
Oliveira citou que até o momento já foram emitidos perto de R$ 11 bilhões em debêntures de infraestrutura, com ampliação dos prazos de vencimento e mais adequadas aos projetos. ” Hoje as condições financeiras do BNDES e do mercado estão próximas”, frisou.
Oliveira destacou ainda que algumas empresas têm buscado diretamente o mercado. “Essas decisões têm sido tomadas em função de otimização da gestão financeira e não simplesmente em função da elevação do custo de algumas linhas junto ao BNDES”, comentou.