A construtora carioca Jerônimo da Veiga driblou a crise do mercado imobiliário fugindo dos grandes centros. Apostando no mercado do ABC Paulista (foto acima) e da Baixada Fluminense, ela evitou os investidores de imóveis e se concentrou mais com a demanda real por habitação das classes C. “No ano passado, no dia em que a capa do jornal ‘O Globo’ falava da dificuldade de vendas de imóveis no Rio de Janeiro, nós negociamos todas as unidades de um lançamento em Nova Iguaçu em quatro horas”, diz Filippo Cattaneo Adorno, sócio da companhia. Ele espera manter o faturamento em torno de R$ 100 milhões este ano, com um valor geral de vendas lançado de R$ 340 milhões, um crescimento de mais de 70%. “A capital depende muito do turismo, petróleo e governo, segmentos que sofreram muito, enquanto a Baixada está mais apoiada em serviços, na indústria de cosméticos e automobilística.”

(Nota publicada na Edição 1109 da Revista Dinheiro, com colaboração: Carlos Eduardo Valim e Moacir Drska)