04/11/2019 - 8:00
Quatro anos após o rompimento da barragem de Fundão, na região de Mariana (MG), a situação nas comunidades afetadas pela maior tragédia socioambiental do País continua quase a mesma. Os escombros de casas, móveis, roupas e objetos pessoais largados pelas ruas dão sinais de um local inóspito. O desastre também impactou o rio Doce e alguns afluentes, modificando a vida de milhares de pessoas por falta d’água e trabalho. Para protestar em memória às famílias dos 19 mortos na catástrofe, ocorrida em novembro de 2015, e cobrar providências das empresas responsáveis – Vale, Samarco e BHP –, diversas organizações da sociedade civil realizarão o ato “Finados Ambiental”, no sábado 2, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Na terça-feira 5, exata data em que o desastre de Mariana completará quatro anos, também ocorrerá a votação do relatório final do deputado Rogério Correia (PT-MG), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados sobre outra tragédia, a de Brumadinho, também causada pela Vale, em janeiro deste ano. O texto pede o indiciamento da Vale e da empresa alemã Tüv Süd, por crime socioambiental e corrupção empresarial, além do indiciamento de vinte
e duas pessoas por homicídio doloso e lesão corporal dolosa.