12/05/2020 - 8:26
A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira, 12, indicou que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 no cenário híbrido – com Selic variável e câmbio fixo 0 está em 2,4%. Já a projeção para 2021 está em 3,4%.
As estimativas já constaram no comunicado da semana passada, quando o Copom reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 3,75% para 3,00% ao ano. Para o cálculo, o BC utilizou taxa de câmbio constante em R$ 5,55 e a Selic com trajetória conforme projeções da pesquisa Focus.
Na ata da reunião anterior, de 17 e 18 de março, as projeções neste cenário híbrido eram de inflação de 3,0% para 2020 e 3,6% para 2021.
Assim como no documento da reunião anterior, a ata do Copom não trouxe agora as projeções do BC para a inflação no cenário de mercado, que considera as trajetórias de câmbio e juros da pesquisa Focus.
A ata também indicou que a projeção para o IPCA de 2020 no cenário de referência, com juros e câmbio constantes, ficou em de 2,3%. Já a projeção para 2021 é de 3,2%. Tais estimativas já constaram no comunicado da semana passada.
Na ata da reunião anterior, as projeções neste cenário de referência eram de inflação de 3,0% para 2020 e 3,6% para 2021.
Preços administrados
O Banco Central alterou, na ata, sua projeção para a alta dos preços administrados em 2020. O índice calculado foi de 1,5% para 0,7% no cenário híbrido. No caso de 2021, o porcentual permaneceu em 3,9%. As estimativas anteriores constavam na ata da reunião anterior (17 e 18 de março).
No cenário de referência, a projeção para a alta dos preços administrados em 2020 também passou de 1,5% para 0,7%. No caso de 2021, foi de 3,9% para 3,8%.
As projeções para os preços administrados ajudaram a formar a base para que o colegiado cortasse na semana passada a Selic.