04/08/2020 - 8:50
Os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki há 75 anos foram o resultado de seis anos de esforços dos cientistas americanos e de vários países aliados para fabricar em sigilo as primeiras bombas atômicas.
– Advertência de Einstein –
Em 1939, Albert Einstein alerta Franklin D. Roosevelt sobre a importância da fissão nuclear, descoberta pelo químico alemão Otto Hahn, que poderia resultar na fabricação de “um novo tipo de bomba com muita potência”. Roosevelt cria um comitê consultivo sobre o urânio.
– Pearl Harbor –
Em 7 de dezembro de 1941, a aviação japonesa destrói parte da frota americana em Pearl Harbor, sem uma declaração de guerra. Estados Unidos entram na Segunda Guerra Mundial.
– Começo do “Projeto Manhattan” –
Em agosto de 1942, o governo dos Estados Unidos lança em segredo o “Projeto Manhattan” para desenvolver uma bomba atômica, aprovado em 1941, antes da entrada do país na guerra. O projeto recebeu dois bilhões dólares.
No início de 1943, Robert Oppenheimer é nomeado diretor do laboratório secreto de Los Álamos (Novo México), responsável por administrar o “Projeto Manhattan”, que reunia os melhores físicos americanos e britânicos, assim como cientistas de diversos países europeus que haviam escapado do nazismo.
– Lista de alvos potenciais –
Na primavera de 1944, os americanos estabeleceram uma lista de cidades japonesas, alvos potenciais do primeiro bombardeio atômico. O primeiro nome era o de Hiroshima, sétima maior cidade do Japão. Kioto foi descartada por sua importância histórica e cultural.
– Bombas convencionais –
Em março de 1945, a aviação americana executa bombardeios em larga escala em Tóquio e outras cidades japonesas com bombas convencionais, ataques que provocam quase 100.000 mortes na capital imperial.
– Batalha de Okinawa –
Em 1 de abril começa a batalha de Okinawa, que matou mais de 200.000 civis e militares japoneses em três meses e provocou quase 20.000 baixas entre os soldados americanos. Okinawa serviu de argumento às autoridades americanas para justificar o uso da bomba atômica.
Em 12 de abril Roosevelt morre aos 63 anos. Harry Truman se torna o presidente dos Estados Unidos. Ele é informado imediatamente sobre o Projeto Manhattan.
– Rendição alemã –
Em 8 de maio a rendição da Alemanha marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Mas os combates prosseguem na Ásia e no Pacífico.
– Primeiro teste americano –
Entre maio e julho, elementos de duas bombas atômicas são transportados à base americana de Tinian (Ilhas Marianas), de onde decolará o bombardeiro B-29 responsável por lançar as bombas sobre o Japão.
Em 16 de julho, às 5H30, os americanos executam o primeiro teste de uma bomba atômica, que recebeu o nome de teste “Trinity”, perto da base aérea de Alamogordo (deserto do Novo México), o que marcou o início da era nuclear.
Em 25 de julho, Harry Truman aprova o bombardeio atômico do Japão.
– Ultimato aliado –
Em 26 de julho, ao final da conferência de Potsdam, os Aliados exigem do Japão uma rendição incondicional, pois em caso contrário o país sofreria uma “destruição rápida e total”.
O Japão decide “ignorar” o ultimato.
– Hiroshima e Nagasaki –
Em 6 de agosto, às 8H15, a aviação americana lança uma bomba atômica de 4,5 toneladas sobre Hiroshima: o balanço no fim de 1945 foi de 140.000 mortos. Truman declara que se os governantes japoneses não aceitarem as condições da declaração de Postdam, “podem esperar uma chuva de destruição do ar como algo que nunca foi visto nesta Terra”.
Em 8 de agosto, a União Soviética declara guerra ao Japão.
Em 9 de agosto, às 11H02, a segunda bomba atômica americana explode sobre Nagasaki, o que provocou 74.000 mortes até o fim de 1945.
Em 15 de agosto o Japão anuncia a rendição e pouco depois fica sob tutela dos Estados Unidos. Os americanos aceitam manter o imperador Hirohito no trono.
– Primeira bomba soviética –
Em 29 de agosto de 1949, quatro anos depois de Hiroshima, a URSS detona sua primeira bomba nuclear no Cazaquistão e vira o segundo Estado com armas atômicas.