O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que o governo vai “até o limite” das modelagens disponíveis para manter a atividade na hidrovia Tietê-Paraná, afetada pela crise nos reservatórios. Segundo ele, uma das alternativas avaliadas é a “navegação por ondas”, que libera água nos momentos mais necessários para movimentação na hidrovia e retém nos períodos menos prioritários.

“Está sendo feito estudo e estamos tentando ver se a gente consegue fazer essa navegação por ondas, liberação de água por onda, naqueles momentos que são mais importantes para a navegação, onde a gente vai ter fluxo de barcaças, então retém água num período do dia e libera água num período de dia para manter a atividade de navegação”, disse o ministro durante evento de divulgação das ações da pasta no primeiro semestre.

Há duas semanas, em razão da crise hídrica, a paralisação da hidrovia foi listada como medida “necessária” pelo presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi.

Nesta sexta, Tarcísio afirmou que a prioridade é poupar água para a geração de energia, mas destacou que há um esforço para manter a operação. Se entender que vai comprometer a poupança hídrica, poderá haver restrição de navegação na hidrovia.

“Vamos tentar fazer isso no limite do possível. Existe uma prioridade, que é poupar água para que a gente possa ter energia. E vamos tentar ir até o limite daquilo que as modelagens nos proporcionam de segurança. A partir do momento que a gente sentir que vai comprometer a nossa poupança hídrica para a nossa geração de energia aí sim a gente pode ter uma restrição de navegação da hidrovia”, afirmou o ministro. “A gente está fazendo um esforço enorme, usando o que tem de melhor em termos de simulação para tentar manter a navegação o máximo possível. Tivemos uma redução de cota de 325.4 para 325, que é o mínimo necessário para navegação”, lembrou o ministro.