04/08/2021 - 14:59
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) – A empresa de logística VLI iniciou um novo fluxo de transporte de fertilizantes por ferrovia entre o porto de Santos e Minas Gerais, substituindo integralmente o modal rodoviário na operação, informou a empresa à Reuters nesta quarta-feira.
O novo sistema, que passou a funcionar no final de julho, foi implementado após a construção de uma estrutura de carregamento de fertilizantes no terminal Tiplam, da VLI, que tem na Vale a maior acionista.
Inicialmente, a capacidade instalada da nova unidade no porto comportará a movimentação de 825 mil toneladas ao ano, informou a empresa de logística.
O sistema deverá atender a crescente demanda do agronegócio localizado na região do Triângulo Mineiro e ajudar na distribuição de fertilizantes no país, em momento em que as importações do insumo estão em disparada no Brasil, com a relação de troca favorável ao agricultor.
“Com a introdução deste novo sistema logístico, a VLI reforça o seu compromisso em atender o setor produtivo nacional com a singularidade que cada fluxo necessita”, disse o gerente de Desenvolvimento de Negócios da VLI, Alexandre Biller, em comunicado.
O novo fluxo de transporte integra um empreendimento da VLI e da TFER, joint venture entre a Link Logistic Group e a Construtora Terraço, em projeto que demandou investimentos de 107 milhões de reais das empresas envolvidas.
Pela nova rota, os fertilizantes serão carregados no Tiplam e percorrerão aproximadamente mil quilômetros por meio da malha da Ferrovia Centro-Atlântica (Corredor Centro-Sudeste).
O projeto, idealizado em parceria com o TFER, prevê ainda a implementação de um novo terminal no Distrito Industrial da Uberaba (MG) –a previsão de ativação dessa unidade é o quarto trimestre deste ano.
Até lá, as operações serão realizadas com destino ao Terminal VLI localizado no município de Araguari (MG).
Já o terminal TFER em Uberaba terá como objetivo realizar o transbordo ferroviário e armazenagem do fertilizante para atendimento dos mercados mineiro e goiano.
Além de otimizar a operação logística, o sistema deve proporcionar ganhos em custos e ambientais, uma vez que há redução das emissões provenientes do consumo de combustíveis derivados de petróleo, ressaltou a companhia.
(Por Roberto Samora)