11/09/2021 - 13:46
Li Shufu, dono do Zhejiang Geely Holding Group, que adquiriu a Volvo da Ford em 2010 por US$ 1,8 bilhão, planeja enfrentar a Tesla. Ele enxerga os carros como serviço, além de querer aprimorar a direção autônoma.
A companhia controla não apenas a Volvo Cars, mas também marcas automotivas globais, e tem uma participação significativa na alemã Daimler AG, fabricante da Mercedes-Benz.
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Carros como serviços
Segundo divulgado pela Reuters, a Geely está preparando a Volvo para uma listagem na bolsa Nasdaq de Estocolmo como uma rota para o futuro do transporte: onde os carros fazem parte de uma rede eletrificada de serviços de mobilidade, dirigindo-se, conectando-se uns aos outros e – como telefones celulares – gerando uma série de dados e novas oportunidades de negócios.
É uma visão mais do Vale do Silício do que de Detroit, onde fabricantes de automóveis tradicionais em todo o mundo estão perseguindo outra gigante – a Tesla.
Li Shufu vê os automóveis não como veículos, mas como “prestadores de serviços”. Nesse modelo de negócio, os carros estarão disponíveis por assinatura e oferecerão serviços como fazer pagamentos. Eles vão atualizar seu próprio software e gerar oportunidades da mesma forma que os sistemas operacionais móveis desenvolvidos pela Apple e pelo Google.
Carros autônomos
À medida que Li Shufu se aventura na era dos automóveis autônomos, ele também entra em terreno mais sensível. A área ainda é delicada porque a segurança dos passageiros ainda não está garantida, e também porque a tecnologia cruza para áreas com implicações de segurança nacional.
Para aumentar a conectividade lenta e imprecisa e a capacidade de posicionamento de veículos dos carros atuais, Li Shufu quer usar satélites de órbita baixa: ele disse que a tecnologia deve ser capaz de posicionar e navegar um carro com uma margem de erro de alguns milímetros.
Ao desenvolver tecnologia de satélite, a Geely também pode enfrentar uma proibição dos EUA na exportação de tecnologia espacial e de satélite para a China. Os Estados Unidos estão aumentando as restrições comerciais às empresas chinesas de tecnologia.
Mas Li Shufu acredita que as empresas globais devem seguir em frente e buscar a integração global. “Podemos fazer negócios juntos e maximizar as sinergias dentro de uma indústria”, disse ele. “É por isso que sou totalmente contra o corte de laços.”