JOHANESBURGO (Reuters) – A variante Ômicron do coronavírus detectada no sul da África pode ser a candidata mais provável para desbancar a variante Delta altamente contagiosa, disse o diretor do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD) nesta terça-feira.

A descoberta da Ômicron causa alarme global, levando países a limitarem viagens do sul da África por medo de que ela se dissemine rapidamente mesmo em populações vacinadas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que ela representa um risco global “muito alto” de surtos de infecções.

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“Pensamos: ‘o que prevalecerá sobre a Delta?’. Esta sempre foi a questão, em termos de transmissibilidade ao menos… talvez esta variante em particular seja a variante”, disse Adrian Puren, diretor-executivo interino do NICD, à Reuters em uma entrevista.

Se a Ômicron se mostrar mais transmissível do que a Delta, isto poderia provocar um pico acentuado de infecções que poderia pressionar os hospitais.

Puren disse que os cientistas devem saber dentro de quatro semanas a que ponto a Ômicron consegue escapar da imunidade induzida pelas vacinas ou por infecções anteriores e se ela leva a sintomas clínicos piores do que aqueles de outras variantes.

Relatos ocasionais de médicos que tratam pacientes de Covid-19 sul-africanos indicam que a Ômicron parece estar produzindo sintomas amenos, como tosse seca, febre e transpiração noturna, mas especialistas desaconselham a tirar conclusões firmes.

(Reportagem adicional de Tim Cocks em Johanesburgo)

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