21/07/2022 - 13:53
Um levantamento feito por seis entidades ligadas ao setor de saúde indicou que 14 medicamentos imprescindíveis estão em falta nos hospitais públicos e privados do País. A apuração, feita junto a 883 profissionais entre médicos, farmacêuticos, enfermeiros, administradores e outros funcionários de 25 Estados e do Distrito Federal, mostra que 97,4% dos médicos apontam a falta de pelo menos um remédio nos estoques dos hospitais.
E para pressionar o governo Jair Bolsonaro, as entidades enviaram um documento ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, demonstrando preocupação com falta desses medicamentos considerados básicos para o processo assistencial.
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“O desabastecimento representa um sério fator de risco, que pode aumentar a ocorrência de complicações e de mortalidade nos estabelecimentos de saúde”, diz o ofício das entidades (veja no fim do texto quais são) ao governo federal.
A Dipirona Sódica injetável é o medicamento que mais está em falta nos hospitais. Cerca de 61,5% dos profissionais relataram o baixo estoque nas unidades de saúde. A Ocitocina, utilizada na realização de partos, falta para 15,4% dos entrevistados no levantamento.
Comum nos exames de imagem, o contraste radiológico também falta para 28,1% dos profissionais ouvidos.
Um dos problemas que explicariam essa falta de recursos médicos é a crise na cadeia logística, bem como os problemas de produção e o aumento na demanda dos remédios dado o aumento de infecções virais e bacterianas que ganharam força com a reabertura das cidades.
O levantamento foi realizado no final do mês passado e as entidades que endossam o documento são: Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), o Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP), a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP), a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH) e a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP).