01/02/2023 - 13:06
A obesidade está relacionada com alterações identificadas com a doença de Alzheimer (DA), como danos cerebrovasculares. É o que afirmam pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá.
Eles partem do princípio de que o excesso de peso na idade adulta leva a complicações de saúde como diabetes, hipertensão ou dislipidemia. A pesquisa mostra que a obesidade pode estar relacionada a casos de atrofia cerebral e ao declínio cognitivo.
+ Novo teste permite prever Alzheimer 3,5 anos antes de diagnóstico
A metodologia usada foi comparar padrões de atrofia cerebral e acúmulo de proteína amiloide na obesidade e na doença de Alzheimer usando amostra de mais de 1.300 indivíduos de quatro grupos: pacientes com DA, controles saudáveis, indivíduos obesos e indivíduos magros. Fatores como idade e sexo também foram considerados.
O que os pesquisadores chamaram de ‘mapas de obesidade’ foram altamente correlacionados com mapas do Alzheimer. “Gerenciamento de excesso de peso pode levar a melhores resultados de saúde, retardar o declínio cognitivo no envelhecimento e diminuir o risco de Alzheimer”, defendem.
“Embora sejam necessários mais estudos em humanos para delinear os mecanismos específicos pelos quais a obesidade aumenta o risco de Alzheimer, estamos fornecendo evidências de que atrofia da substância cinzenta cortical pode ser um fator de risco que, em última análise, leva à demência em indivíduos obesos”, defende o grupo de pesquisadores, liderado por Filip Morys.
Um estudo anterior, publicado pela revista JAMA, mostrou que fatores de risco como obesidade na meia-idade, sedentarismo e baixa escolaridade podem estar relacionados com o Alzheimer, doença degenerativa responsável pela deterioração cognitiva e da memória.
Estimativas anteriores sugeriram que 1 em cada 3 casos de doença de Alzheimer e demência relacionada nos Estados Unidos estão associados a fatores de risco modificáveis, sendo os mais proeminentes a falta de atividade física, a depressão e o tabagismo. No entanto, essas estimativas não levam em conta as mudanças na prevalência de fatores de risco para além da genética.
Até o momento, o Ministério da Saúde confirmou dois fatores de risco comprovados para a doença: a idade e o histórico familiar. Para evitar riscos, atividades são recomendadas, como:
- Estudo e leitura para manter a mente sempre ativa;
- Fazer exercícios de aritmética;
- Jogos de lógica;
- Atividades em grupo;
- Não fumar;
- Alimentação saudável e regrada;
- Atividades físicas regulares.