(Reuters) – Os trabalhadores da Tesla no Estado de Nova York disseram nesta terça-feira que estão lançando uma campanha para formar um sindicato, preparando o terreno para o mais recente desafio trabalhista do presidente-executivo Elon Musk.

Em uma carta à administração da montadora de carros elétricos, os funcionários anunciaram seu plano de se sindicalizar com o Workers United Upstate New York.

O sindicato, se formado, será o primeiro da empresa, que até agora conseguiu evitar a sindicalização em suas instalações nos Estados Unidos, ao contrário de outras grandes montadoras.

No passado, Musk expressou abertamente sua oposição aos sindicatos e enfrentou a ira do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos quando o conselho o orientou a deletar um tuíte de 2018 dizendo que os funcionários perderiam suas opções de ações se formassem um sindicato.

“Acreditamos que a sindicalização nos dará uma voz em nosso local de trabalho que sentimos ter sido ignorada até agora”, disseram os trabalhadores em comunicado à imprensa nesta terça. “Estamos apenas pedindo um assento no carro que ajudamos a construir.”

A carta, noticiada pela primeira vez pela Bloomberg News no início do dia, citava funcionários pedindo à Tesla que respeitasse seu direito de organizar um sindicato e exortava a montadora mais valiosa do mundo a assinar os Princípios Eleitorais Justos.

Os funcionários disseram que organizar um sindicato é um direito civil fundamental e os princípios impediriam a Tesla de ameaçar ou retaliar os trabalhadores por organizar um sindicato.

“Nós, como trabalhadores, merecemos poder negociar um trabalho justo com nossos empregadores, e há muitas mudanças que eu adoraria ver na Tesla para o benefício dos trabalhadores”, disse Alexis Hy, funcionário da montadora, em um comunicado. 

A Tesla não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

(Por Samrhitha Arunasalam e Akash Sriram)

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