06/03/2024 - 18:17
O dólar cedia nesta quarta-feira, 6, pressionado pela expectativa de corte da taxa de juros neste ano nos Estados Unidos, a depender do comportamento dos dados da economia. Em audiência na Câmara dos Representantes americana, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que os dados de inflação persistente e contratações de janeiro não alteraram o plano do banco central americano de promover algum alívio neste ano, ainda que o presidente do Fed tenha observado que precisa de mais evidências antes de dar um primeiro passo. A moeda norte-americana cedia ante o euro e também frente à libra esterlina, que mostrou reação branda às medidas anunciadas dentro do orçamento do governo britânico para revigorar a economia.
Por volta das 18h (de Brasília), o dólar caía a 149,42 ienes, o euro subia a US$ 1,0899 e a libra esterlina tinha valorização a US$ 1,2740. O índice DXY, que mede a força da moeda americana ante seis rivais, fechou com queda de 0,41%, aos 103,369 pontos.
Powell disse que a autoridade monetária não está esperando que a inflação volte precisamente à marca de 2% para começar a relaxar sua postura. Em vez disso, segundo ele, o Fed busca evidências de que o índice de preços está a caminho de volta à meta “de maneira sustentável”. Powell voltará ao Congresso dos EUA nesta quinta-feira.
A Bank of America Securities observou que Powell poderia ter adotado um tom mais agressivo em relação às preocupações com a inflação. Com a postura, a instituição acredita que o corte das taxas de juros em junho continua provável.
A movimentação da libra foi marginal em reação ao orçamento do Reino Unido. O ministro das finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, não trouxe nenhuma surpresa real aos mercados, disse o chefe de estratégia de mercado da empresa global de serviços financeiros Ebury, Matthew Ryan, em nota. Um corte no imposto sobre a Segurança Social em 2 pontos porcentuais, para 8%, é “indiscutivelmente” a maior manchete do dia, enquanto o imposto sobre lucros inesperados sobre o petróleo e o gás foi ampliado, disse.
*Com informações da Dow Jones Newswires