A Americanas anunciou que seu conselho de administração homologou parcialmente aumento de capital de R$ 24,5 bilhões, com quase cerca de metade sendo subscrito pelos bilionários acionistas de referência da companhia em recuperação judicial e a outra metade por credores.

O aumento de capital, parte do plano de recuperação judicial da empresa, envolveu emissão de 18,8 bilhões de novas ações ao preço de 1,30 real. A operação também envolveu a emissão de bônus de uma ação para cada três subscritas, afirmou a empresa em fato relevante.

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Parte da reestruturação, a Americanas vai promover em 26 de agosto um grupamento de ações na proporção de 100 para 1.

Segundo a varejista, o aumento de capital “viabiliza novos investimentos como forma de superar a atual e momentânea crise econômico-financeira do grupo”.

A Americanas afirmou ainda que pagou credores do leilão reverso e que afiliadas dos acionistas de referência pagaram R$ 5,7 bilhões aos credores “apoiadores” do plano de recuperação.

“A companhia informa que estima concluir a implementação das demais medidas de reestruturação e pagamento de créditos (dívidas) previstas…no plano de recuperação até o dia de amanhã (esta sexta-feira).”

No início do mês, a companhia divulgou que o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira e seus afiliados passariam a deter 49,2% das ações da Americanas após um aumento de capital. Até meados de fevereiro de 2023, o trio detinha 30,12% da Americanas.