14/10/2016 - 0:00
A Samsung tentou evitar, mas o Galaxy Note 7 transformou-se em uma verdadeira bomba relógio e teve de ser desativado. Após as operadoras AT&T (EUA) e T-Mobile (Alemanha), os maiores parceiros da empresa coreana, interromperem as vendas do produto na segunda-feira 10, a Samsung decidiu no dia seguinte cancelar a venda e a fabricação do “phablet” (híbrido de smartphone e tablet). “Para o benefício da segurança dos consumidores, paramos as vendas e trocas do Galaxy Note7 e, consequentemente, decidimos parar a produção”, justificou. A decisão ocorreu após novas explosões de baterias de aparelhos, mesmo após terem passado por um recall. A Agência Americana de Segurança do Consumidor elogiou a decisão, mas o mercado financeiro não poupou a Samsung. Suas ações chegaram a cair 8% na bolsa de Seul, na terça-feira 11. A empresa reduziu a expectativa de lucro para o terceiro trimestre de 2016 para US$ 4,7 bilhões, uma queda de US$ 2,3 bilhões. As explosões desse equipamento tiveram início em setembro, o que forçou a companhia a anunciar um recall de 2,5 milhões de telefones. É um revés muito grande para a imagem da Samsung, que lidera a venda global de smartphones. Em seu encalço estão a Apple e empresas chinesas, que podem se beneficiadas desse fiasco comercial.
(Nota publicada na Edição 989 da Revista Dinheiro)