01/03/2017 - 21:03
O presidente da Riotur, Marcelo Alves, afirmou que os acidentes com as escolas de samba do Grupo Especial do Rio “acenderam o sinal amarelo” e que é preciso maior rigor na questão da segurança. O órgão municipal é responsável pela promoção do turismo e organização do carnaval.
“Foi uma fatalidade num segmento (carro alegórico), o que para mim é um grande sinal amarelo, para que a gente tenha ainda mais atenção”, afirmou após a apuração do resultado das escolas deste ano, que teve a Portela como vencedora.
Segundo ele, a mudança para o carnaval de 2018 será o aumento do rigor. Haverá uma reunião nesta quinta-feira, 2, no Ministério Público Estadual do Rio (MPRJ) para tratar do tema. “A reunião vai nos nortear sobre mais detalhes”, disse. Além da Riotur, participam a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), o Corpo de Bombeiros, o Inmetro e especialistas do Crea-RJ e da Coppe/UFRJ.
Sobre uma possível ajuda do Inmetro, afirmou ser favorável a “tudo que agregar” na questão da segurança. “Em um espetáculo desse não podemos correr riscos. Sou a favor de certificação, de mais rigor dos bombeiros, do Crea e todos os órgãos envolvidos para verificar e dar o aval dessa fiscalização”, disse.
Sobre a repercussão internacional dos acidentes que deixaram 32 feridos, afirmou que a imagem “arranha um pouquinho, mas não do carnaval como um todo”.
A respeito da ausência do prefeito Marcelo Crivella (PRB) no carnaval disse que a decisão dele deve ser respeitada. “É a posição dele, mas o carnaval aconteceu. Fora a fatalidade, a gente tem que comemorar. Os turistas encheram a cidade, recebemos 5 milhões de foliões sem nenhum incidente, aquilo foi uma fatalidade específica de carro alegórico, que temos que ter muita atenção”, disse.
Alves afirmou que é cedo para falar sobre o repasse da prefeitura para as escolas do Grupo Especial, que foi de R$ 2 milhões cada neste ano. “Não posso agora falar sobre isso, é uma questão orçamentária”.
O presidente da Riotur se disse favorável à decisão de não haver rebaixamento na elite do samba neste ano. “As escolas chegaram em um comum acordo e eu respeito. A fiscalização tem que ser rigorosa, mas foi muito sábia a posição do conselho (das agremiações)”.