Depois de a joalheria H.Stern ter sido descoberta ajudando o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e sua mulher, Adriana Ancelmo, a lavar mais de R$ 6 milhões com a compra de joias sem a emissão de notas fiscais, os olhos da Receita Federal se voltaram para este setor. Além de outras joalherias na mira do órgão, os inspetores também estão intensificando a fiscalização em aeroportos. “Existe um exército de, pelo menos, 1,5 mil mulheres que viajam para as principais feiras de joalheria do mundo e trazem peças caríssimas no pescoço, nas mãos e nos pulsos”, diz um executivo do mercado de luxo.

Muamba fina

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As feiras mais procuradas por essas muambeiras de alto luxo são as de Hong Kong, na China; de Vicenza, na Itália; e de Miami, nos Estados Unidos. Muitas trazem peças avaliadas em mais de US$ 1 milhão e passam pela alfândega sem declarar. “Há casos de colares idênticos aos de grifes como a da francesa Cartier, com design copiado pelos chineses, que saem pela metade do preço praticado na loja”, diz o executivo.

(Nota publicada na Edição 1016 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Paula Bezerra)