13/06/2017 - 16:34
Um dos maiores desafios da implementação da equidade de gênero e raça no mercado de trabalho é, sem dúvidas, garantir um plano de políticas de diversidade com compromissos internos e externos em sua efetivação. Esse compromisso ganha muito mais força quando ele está linkado a uma política maior, envolvendo toda a comunidade local e global aonde a empresa atua.
No caso específico de gênero, existem inúmeras políticas na sociedade brasileira e também mundial incluindo cartas de compromissos, ações nas quais as empresas se comprometem no papel e na prática a atuar no combate às desigualdades.
Uma das maiores iniciativas neste sentido no plano global tem sido o acordo de compromissos encabeçado pela ONU Mulheres com foco no Empoderamento das mulheres (Women’s Empowerment Principles – WEPs, em inglês).
Sabemos que muitas empresas assinaram e vêm cumprindo com os primórdios do pacto, porém, grande parte dessas empresas são multinacionais estrangeiras, o que demonstra a dificuldade do empresariado brasileiro em se comprometer a por fim as diferenças de posição e salário entre homens e mulheres nas empresas nacionais.
A boa notícia veio do setor bancário neste início de junho, quando o Itaú-Unibanco aderiu aos Princípios de Empoderamento das Mulheres propostos pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global das Nações Unidas. O compromisso representa um posicionamento e um comprometimento formal do Itaú Unibanco em atuar pela promoção da equidade de gênero, princípio básico do Pacto Global da ONU.
A certeza de que este caminho não tem volta se expressa na fala de Claudia Politanski, vice-presidente do Itaú-Unibanco: “Com a adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU, estamos dando um passo importante em direção à diversidade de gênero no Itaú Unibanco. O pacto é mais um comprometimento nosso para garantir a igualdade de oportunidades para mulheres na organização e na sociedade”.
Claudia tem tido a audácia e a coragem de enfrentar e expor o problema com a perspicácia de poucos executivos de seu patamar: “Atualmente, as mulheres representam 60% de todo o quadro de colaboradores do banco, mas ainda temos desafios quando olhamos essa proporção em cada nível hierárquico. Por isso, temos imprimido esforços constantes em todo o banco, inclusive com o envolvimento da nossa alta administração. A diversidade está presente em nossa cultura e em nossos valores e acreditamos que estamos no caminho certo”, conclui a executiva.
A instituição tem mirado também no engajamento da liderança, por meio da inclusão do tema em comitês, seminários e workshop, além de atuar na sensibilização da organização com a promoção de diálogos institucionais fomentando a discussão para novas políticas e em campanhas internas voltadas aos temas diversidade e empoderamento feminino.
Mas quais são esses princípios da ONU mulheres aqui descritos?