18/08/2017 - 12:23
Em entrevista coletiva concedida agora nesta sexta-feira, 18, em Curitiba para explicar as novas fases da Lava Jato deflagradas pela manhã, o delegado Filipe Hille Pace disse que o ex-líder dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff Cândido Vaccarezza não conseguiu justificar os R$ 122 mil apreendidos em sua residência nesta sexta. “Ele vai tentar (explicar)”, disse o delegado da força-tarefa da Lava Jato.
Vaccarezza foi preso pela Operação Lava Jato. Ele é investigado pelo recebimento de cerca de US$ 500 mil em propina. Segundo a força-tarefa da operação que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, entre janeiro de 2010 e março de 2012, ele usou a influência decorrente do cargo em favor da contratação da empresa norte-americana Sargeant Marine pela Petrobras, o que culminou na celebração de doze contratos, entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões.
Na coletiva, a força-tarefa disse que o delegado que conduz a operação na 1ª instância, Sérgio Moro, decretou a prisão temporária do ex-deputado para colher mais provas, mas depois poderá decretar a prisão preventiva.
Reforma Política
A exemplo de Sérgio Moro que criticou o projeto de reforma política em discussão no Congresso Nacional, a força-tarefa da Lava Jato também expôs, na coletiva realizada em Curitiba, a mesma opinião. Para o procurador da República Paulo Roberto Galvão, do jeito que está sendo formatada, em vez de resolver os problemas na seara política, a reforma poderá facilitar as práticas de corrupção.